Segunda, 22 de Novembro de 2010

Índice de atropelamentos em Curitiba cai 65%

Embora tenha um dos maiores índices de motorização do país – um carro para cada 1,6 habitante – Curitiba vem registrando importantes índices de redução de acidentes nos últimos anos. Levando em consideração o aumento da frota, que foi de 68%, o número de atropelamentos (896) no ano passado, foi 65,8% menor do que em 1999.

Dados do Batalhão de Trânsito (BPTran) mostram que, considerando o aumento da frota, o total de acidentes (24.212) no ano passado foi 45,7% menor do que em 1999; e o número de mortos no local (72) representou uma redução de 42,1%. O total de feridos (7.286) ficou 40,6% abaixo dos números registrados dez anos antes.

Também a comparação ano a ano mostra redução significativa em  2009 em relação a 2008. Em números absolutos, o total de acidentes registrados no ano passado (26.984) foi 14,3% menor do que em 2008.  Em 2009, o total de acidentes com vítimas (6.079) ficou 29,21% abaixo do registrado em 2008.

A redução de acidentes em Curitiba, segundo a diretora de Trânsito da Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, Rosangela Battistella, deve-se a uma série de fatores que incluem maior conscientização de motoristas e pedestres, trabalho permanente de educação para o trânsito feito nas ruas, escolas e empresas, maior fiscalização, com a instalação inclusive de radares e lombadas eletrônicas e adequação contínua da malha viária da cidade, com intervenções diárias voltadas a melhorar a segurança e a fluidez do trânsito.

“O ideal é que não existissem mais acidentes no trânsito. A absoluta maioria dos acidentes poderia ser evitada com mais atenção às normas de segurança como velocidade, respeito à faixa de pedestre e à sinalização em geral”, afirma Rosângela que, na semana passada, participou de treinamento, em Brasília, para implantação do plano de redução de acidentes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O projeto – Vida no Trânsito - será implantado em dez países, entre eles o Brasil e em cinco cidades brasileiras. Além de Curitiba, também Palmas (TO), Campo Grande (MS), Teresina (PI) e Belo Horizonte(MG). Também fazem parte do projeto cidades do Camboja, China, Egito, India, Quênia, México, Russia, Turquia e Vietnã.