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Quinta, 25 de Novembro de 2010

Número de mamografias na rede municipal aumentou 47,6%

Com o programa Mulher Curitibana, aumentou 47,6% o número de mamografias na rede municipal de saúde. No primeiro semestre de 2010, foram 37.300 exames, doze mil a mais que o mesmo período de 2009. "O Mulher Curitibana é a primeira experiência organizada do Brasil para promover o rastreamento do câncer de mama e oferecer todo o atendimento necessário para quem desenvolver a doença", diz o prefeito Luciano Ducci.

Há 12 meses, a iniciativa começou a reforçar a importância do exame entre as mulheres a partir de 50 anos, frequentadoras das unidades de saúde da Prefeitura. A faixa etária concentra 59% do total de casos.  Em Curitiba residem aproximadamente 220 mil mulheres nessa faixa, das quais perto de 150 mil são potenciais usuárias da rede pública de saúde.

“Elas precisam se submeter ao exame porque, nesse estágio, é possível  detectar o câncer em estágio inicial, quando ele tem 95% de chance de ser tratado com sucesso”, afirma a secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas. Nessa etapa o tumor é ainda assintomático porque tem apenas milímetros de extensão, podendo passar despercebido pelo autoexame (apalpação).

Entre janeiro e junho desse ano, 398 mulheres - menos de 1% do total das que se submeteram ao exame – tiveram resultado alterado e foram encaminhadas para atendimento especializado.

A costureira aposentada Marilu Tokach estava com 63 anos, no final de novembro do ano passado, quando foi encaminhada pela Unidade de Saúde Caiuá, na CIC, para fazer nova mamografia. Em seguida, recebeu a notícia: tinha pequenos tumores na mama direita, que pouco mais tarde viriam a ser retirados.

Marilu ficou surpresa porque o exame anterior havia sido feito apenas 16 meses antes. Além disso, não tinha casos na família, nunca fumou, tomou anticoncepcional por pouco tempo, não sentia dor e o aspecto da mama era saudável. Ter histórico familiar, fumar, ser sedentária e usar anticoncepcionais são algumas situações que predispõem à doença. 

“Foi um susto muito grande para mim e para a minha família”, diz a costureira. O bom foi contar com o apoio dos filhos, da nora e da neta, de Nossa Senhora e de ter descoberto o câncer bem no começo, quando estava do tamanho de um grão de arroz. Uma médica me disse que, se tivesse deixado para esse ano, os tumores poderiam estar do tamanho de uma azeitona e, em 2011, sabe-se lá”, completa.
 
Depois de vários exames, duas cirurgias e 31 dias de radioterapia no Hospital Erasto Gaertner, Marilu Tokach tem uma rotina semelhante à anterior ao diagnóstico. “Claro que não posso arrastar móveis ou fazer limpeza pesada. Mas costuro para mim, cozinho e, principalmente, tenho uma vida independente e continuo me cuidando”, diz a costureira. Além de retornar ao hospital para novas avaliações no começo de dezembro, não deixa de lado a prevenção. Na segunda quinzena desse mês, voltou à Unidade de Saúde Caiuá para marcar o preventivo de câncer de colo uterino.

Descompasso – Apesar de haver oferta suficiente de exames pela rede pública de saúde, nem todas as mulheres agem como Marilu. “Muitas deixam para fazê-lo quando percebem alguma alteração e, então, o tumor cresceu. Isso muda completamente o prognóstico porque, quanto antes o problema for detectado, maiores as chances de termos bons resultados”, observa a coordenadora do programa Mulher Curitibana, a ginecologista e obstetra Rosilei Antonievcz.

 Se o número de mamografias nos primeiros 6 meses do ano é quase 50% maior que no mesmo período do ano passado, mais curitibanas poderiam ter feito o exame. Para as 37,3 mil realizadas, havia 64 mil disponíveis – sem custo ou fila de espera – nos 12 serviços de radiologia credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade. Isso significa que em torno de mais 4 mil mulheres poderiam fazer o exame a cada mês.

Para quem está na faixa etária de risco, o acesso ao exame é fácil. Basta ir até a unidade de saúde mais próxima e marcar o local e a data. É assim que funciona há 1 ano. Para incentivar o agendamento, agentes comunitárias vão até a casa das interessadas falar da importância da mamografia e convidá-las para fazer o agendamento. Além de marcar o exame, a equipe da Unidade de Saúde aproveita para requisitar outros exames clínicos e laboratoriais, além de atualizar o calendário de vacinação.

Quem não aceita ou adia o convite apresenta justificativas variadas.  Não ter sintomas ou alterações visíveis é uma delas. O autoexame, que há menos de duas décadas era indicado para identificar nódulos pela apalpação das mamas mas não substitui a mamografia, é outra explicação. Há também quem diga que o exame doi ou que não o faz por vergonha. “São desculpas que adiam um diagnóstico que pode ser feito precocemente, evitando sofrimento e perda de vidas”, afirma a médica, referindo-se à doença que o primeiro tipo de neoplasia tanto em incidência quanto em mortalidade entre as mulheres.

As estatísticas envolvendo o câncer de mama ajudam a entender a necessidade de prevenção da doença com a ajuda da ecografia, que custa em torno de R$ 100,00 na rede particular de diagnóstico mas é grátis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Enquanto a taxa de incidência é de 69,7 por 100 mil mulheres, a mortalidade é de 17,4 por 100 mil. Isso mostra que a maior parte dos casos pode ser tratada, desde que o diagnóstico seja feito no estágio inicial da doença.


Como é a mamografia

Tipo específico de radiografia que não deve ser postergado pelas mulheres a partir de 50 anos, a mamografia é um procedimento simples e rápido que identifica tumores em estágio inicial e possibilita o tratamento da paciente. Mulheres mais jovens e em situação de risco – com histórico familiar, por exemplo – também são orientadas por seus médicos a se submeter ao exame.

Segundo a coordenadora do Serviço de Mamografia do Hospital Evangélico, radiologista Tatiana Wallbach, a mamografia deve ser feita inclusive por quem usa prótese de silicone e preferencialmente depois da menstruação, que aumenta a sensibilidade geral da mulher. Todo o exame leva em torno de 15 minutos. Veja o passo-a-passo do exame, que é simples e um aliado da saúde da mulher.

1 - A paciente chega ao local do exame com a solicitação médica e a guia liberada.

2 – Uma atendente a encaminha ao vestiário, para tirar a parte de cima da roupa e colocar um avental apropriado.

3 - Em seguida, uma técnica acompanha a paciente até a sala onde é feita a mamografia.

4 - A técnica abre o lado direito do avental, posiciona primeiramente a mama direita no aparelho, sobre uma espécie de plataforma ou suporte. O objetivo é pegar o máximo de tecido mamário possível para que nenhuma parte deixe de ser alcançada pelo exame.

5 - Como a mama é esférica, é necessário que, depois de posicionada no aparelho, ela seja ligeiramente comprimida. Assim, ficará com espessura uniforme e o exame exigirá uma dose mínima de radiação.

6 - Em seguida, a técnica repete o procedimento com a mama esquerda.

7 – Por fim, a técnica observa as imagens para confirmar se ficaram satisfatórias e libera a paciente.

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