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Segunda, 6 de Dezembro de 2010

Aleitamento materno é maior entre bebês do SUS

O percentual de bebês de 6 meses a 2 anos alimentados com leite materno está crescendo em Curitiba e é maior entre os acompanhados pelas unidades de saúde da Prefeitura do que os atendidos pela rede particular. As crianças monitoradas pela rede pública de saúde também têm menos sobrepeso do que as outras, apesar de estarem pesando mais do que há 4 anos.

As informações estão nas conclusões da 7ª Chamada Nutricional de Curitiba - estudo amostral realizado pela Coordenação de Alimentação e Nutricional da Secretaria Municipal da Saúde na campanha de vacinação infantil desse ano.

A 7ª Chamada Nutricional avaliou 6.677 das 127.978 crianças menores de 5 anos vacinadas nas unidades municipais de saúde e apontou que o aleitamento materno subiu de 81,03%, no quadriênio 2002-2006, para 82,64%. Foram avaliados 1.960 eram menores de 2 anos. Os instrumentos usados foram um questionário para pais e responsáveis e a aferição de peso e altura.

 “É um dado muito positivo porque reflete a ênfase que damos à amamentação desde o pré-natal e o puerpério, passando pelo Programa do Lactente e pelos centros de educação infantil da Prefeitura”, observa a coordenadora de Vigilância Nutricional do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, nutricionista Anne Liz Zeghbi.

 Incentivos – A Prefeitura mantém inúmeras estratégias de estímulo ao aleitamento materno e à alimentação balanceada. No pré-natal, as gestantes são informadas sobre a importância de amamentar nos encontros do programa Mãe Curitibana. Ela é essencial para a imunidade, o desenvolvimento dos ossos da face, ganho satisfatório de peso e prevenção da obesidade e vinculação afetiva. Nessa ocasião elas travam o primeiro contato com o Programa de Aleitamento Materno (Proama), que as orienta a preparar as mamas para alimentar o nenê. Em caso de dificuldade após o nascimento, podem acionar o serviço – por telefone ou pessoalmente – e pedir ajuda. O objetivo é que as mães não deixem de amamentar.

O mesmo reforço é dado pelos médicos e equipes de enfermagem durante o acompanhamento de rotina da criança. Eles também orientam sobre a introdução de alimentos como frutas, verduras, legumes e cereais a partir do sexto mês de vida, mantendo o aleitamento até os 2 anos.  Já nos centros de educação infantil funciona o Mama Nenê, por meio do qual as mães podem ir até a escolinha amamentar seus filhos ou, na impossibilidade disso, encaminhar o próprio leite, acondicionado em frascos estéreis e conservados em geladeira.

 O assunto alimentação infantil desde o aleitamento materno é um assunto tão importante para a rede municipal de saúde que é tema dos treinamentos periódicos oferecidos à equipe de enfermagem e, há 3 anos, ganhou uma publicação própria: a cartilha Alimentação infantil – orientação aos pais. Ela já foi distribuída em unidades de saúde e centros de educação infantil da Prefeitura. Em pouco mais de 80 páginas, ensina sobre a dieta adequada para cada fase da vida da criança até 10 anos.

Nas oficinas de nutrição dos núcleos de apoio em atenção primária à saúde (Naaps), predominantemente frequentadas por adultos, é forte a ênfase ao exemplo familiar para a boa alimentação das crianças e dos adolescentes. É comum mães e avós que comiam errado compartilhar à mesa os hábitos aprendidos nesses encontros. Essa abordagem também é levada aos escolares da rede pública, para provocar a reflexão sobre o assunto. E para evitar o consumo de doces, refrigerantes e itens ricos em gordura no lanche escolar, a Vigilância Sanitária faz o monitoramento do que é vendido nas cantinas escolares.

 Epidemia – Apesar desse esforço e seguindo uma tendência mundial, as crianças curitibanas estão ficando mais gordinhas e preocupam as autoridades sanitárias. Do quadriênio 2002-2006 para cá, a taxa média de sobrepeso subiu de 5,16% para 6,84%. Atualmente ela é menor no Sistema Único de Saúde que na rede privada (6,24% contra 7,27%) mas mostra que o quadro não se resume à sensibilização de crianças, adolescentes e seus responsáveis sobre a relação entre hábitos alimentares e doenças crônicas como diabete e hipertensão arterial.

 É o que contrapõe a também nutricionista Ângela Lucas de Oliveira, responsável pela coordenação de Alimentação e Nutrição do Centro de Informação da Secretaria Municipal da Saúde.

“Não podemos analisar esse resultado somente do ponto de vista da alimentação. Claro que ela é importante, mas não podemos deixar de lado fatores sociais que contribuem para o crescimento”, observa Ângela. Entre eles estão o sedentarismo facilitado pela TV e pelo computador, o confinamento em espaços domésticos que – diferente do passado - restringem jogos e brincadeiras e o receio de permitir que os filhos brinquem na rua.

 O estudo mostra, ainda, outro aspecto da transição nutricional observada em todo o mundo: a queda do baixo peso. Em Curitiba ele caiu de 2,37% para 1,51% entre as crianças menores de 5 anos mas é maior entre a clientela SUS (1,84%) do que na rede privada de atenção à saúde (1,14%). Há 10 anos o indicador se situava na faixa de 3,5%. Acesso satisfatório aos serviços de saúde, bom nível de escolaridade e melhora do pode aquisitivo familiar ajudam a explicar o resultado.

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