Segunda, 13 de Dezembro de 2010

Creches estimulam a leitura desde o berçário

A leitura é uma atividade diária nos berçários dos 171 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), as creches da Prefeitura de Curitiba. No período da manhã, mais de 5 mil crianças com menos de dois anos de idade, e que ainda nem aprenderam a falar, são estimuladas a conhecer literatura, manusear livros e ouvir histórias contadas pelas educadoras.

"É importante que elas conheçam boa literatura o quanto antes, ouvir histórias desde a primeira infância é fundamental para desenvolver o gosto pela leitura, para formar futuros leitores", diz a diretora do departamento de Educação Infantil da Secretaria Municipal da Educação, Ida Regina Moro Milléo de Mendonça. "Esses bebês serão adultos que gostam de ler".

No CMEI Porto Belo, na CIC, todos os dias as crianças das classes Berçário 1 (de 4 a 11 meses de idade) e Berçário 2 (de 1 ano a 1 ano e 7 meses) têm uma prazerosa rotina. Elas ouvem histórias infantis em um cantinho decorado e atraente, deitadas em almofadas sobre o tapete e observando a movimentação da educadora e o folhear do livro.

A atividade é aguardada com ansiedade. Quando atrasa, os bebês tomam a iniciativa de se aconchegar no tapete e esperar pela hora do conto.

"Essa é uma atividade que acalma e ao mesmo tempo desenvolve a oralidade nesta fase em que eles estão começando a querer falar", explica a diretora do CMEI Porto Belo, Josiane Mazza Cordeiro.

Como gostam que a mesma história seja recontada várias vezes, os bebês passam a perceber as diferentes formas de fala, os trechos mais emocionantes, os mais alegres. Elas adquirem ainda noções de tempo esperando pelo fim de cada aventura.

A interatividade é imediata. Tão logo o livro é aberto e as figuras são apresentadas, as crianças se levantam para ver de perto os personagens e, por meio da expressão corporal, demonstram todo o interesse pelo assunto.

"Esse é um momento mágico para elas", diz Nadege Caldenazzo, educadora que há cinco anos trabalha no berçário do CMEI Porto Belo. "Uma atividade que agrada. Quando elas sentam no tapete, sabemos que estão querendo o momento de contação de histórias", afirma.

Para a educadora Celina Wieczorek, o trabalho é gratificante. "A participação da criança é grande porque elas já se adaptaram ao hábito da leitura, quando há interação com o livro e as figuras", diz Celina.