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Segunda, 21 de Fevereiro de 2011

Leptospirose - Risco de contaminação também em períodos de seca

Entrar sem proteção em água de enchente não é a única forma de adquirir leptospirose. Causada por uma bactéria presente na urina de ratos, a doença pode se transmitir também nos períodos de seca.

“A água de enchente facilita muito a disseminação da leptospirose, mas não é o único meio de alguém adoecer. A bactéria pode estar até em locais não afetados pela chuva, mas por onde passam ratos, como na terra de jardins e em depósitos”, explica a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, médica Karin Luhm.

Segundo a médica o alerta é importante porque, em decorrência da chuva forte que tem caído, é comum as pessoas associarem o risco da doença apenas à ocorrência de enchentes.

Até a última sexta-feira (18), a Secretaria Municipal da Saúde havia registrado 161 casos suspeitos de leptospirose. Desse total, 41 foram confirmados laboratorialmente. Cinco pessoas procuram atendimento tardiamente e acabaram morrendo.

Apenas três desses pacientes tinham estado em situação de enchente. Uma vítima morava próximo de um terreno baldio onde havia ratos e outra limpou um porão dias antes de começar a manifestar os sintomas. No mesmo período de 2010 foram notificados 145 casos suspeitos e confirmados 39. Em todo o ano passado ocorreram 129 casos dos quais 27 fatais.

Perigo próximo - Além das vítimas de enchentes, o perigo existe para quem trabalha em atividades de maior risco (como coletores de lixo, jardineiros, pedreiros e encanadores) ou atua ocasionalmente nessas áreas (ao cuidar de plantas, lavar carro de chinelo ou descalço ou limpar a caixa d’água sem proteção).

Daí a importância de usar luvas e botas de borracha. “Em situação de enchente, se não for possível usar esses equipamentos, deve-se improvisá-los com sacos plásticos duplos e bem fixados para impedir que a água ou a lama penetre. Para quem gosta de cuidar de plantas no jardim ou vai limpar uma área onde pode haver circulação de ratos, a recomendação é não abrir mão da proteção”, orienta Karin.

Fatores - Independente dos cuidados em situações emergenciais ou de risco, garante a diretora do Centro de Epidemiologia, é essencial eliminar os fatores que favorecem a proliferação de ratos: água, alimento (lixo orgânico jogado em terrenos baldios, restos expostos ou em recipientes mal fechados), abrigo (caixas e utensílios velhos e abandonados que servem de moradia aos roedores) e acesso (portas e janelas danificadas e sem proteção).

“Sem ratos, a bactéria não é trazida ao meio ambiente e, sem ela, não há doença”, resume. A Secretaria Municipal da Saúde faz um trabalho de rotina em educação em saúde sobre a destinação correta de resíduos e também promove o controle de roedores.

Diagnóstico precoce - A fim de facilitar o diagnóstico da doença e tratá-la, o órgão desenvolveu um fluxograma específico para atendimento dos pacientes suspeitos de estarem com a doença.

Pessoas que chegam às unidades de saúde com dor muscular, febre, dor de cabeça de início agudo simultaneamente merecem cuidado especial. A elas os médicos também perguntam sobre exposição a algum fator de risco e investigam outros sinais e sintomas, como olhos muito vermelhos, sinais de insuficiência renal, pele amarelada e hemorragia.

Caso confirmem ter se submetido a risco e apresentem algum daqueles sintomas adicionais, são notificadas como casos suspeitos de leptospirose e encaminhadas para internamento hospitalar ou manejo ambulatorial. O tratamento á feito à base de antibiótico, hidratação e suporte clínico.

Para ter sucesso, no entanto, depende do diagnóstico precoce. “Por isso é importante procurar o serviço de saúde mais próximo o quanto antes e relatar o que está sentindo e não deixar de mencionar as situações que podem ter levado ao adoecimento”, frisa a diretora do Centro de Epidemiologia.

Sinais e sintomas podem aparecer até 30 dias após o contato com a bactéria. Em média, começam a se manifestar entre uma e duas semanas após a contaminação.

Leptospirose:

O que é e o que fazer

- Doença infecciosa febril de início abrupto, não prevenível por vacina e que se caracteriza por ser um problema importante de saúde pública não só no Brasil, mas também em outros países tropicais emergentes. Em Curitiba, a vigilância em saúde (epidemiológica e sanitária) da leptospirose é rigorosa, daí a atualização permanente de casos notificados, confirmados e de óbitos.

- Transmitida pela bactéria Leptospira, eliminada com a urina dos roedores. Nos períodos de chuva que podem causar alagamentos, ela se dissemina com mais força, podendo contaminar também animais como os cães que, além de funcionarem como reservatório do agente infeccioso, também podem adoecer e morrer por causa dele.

- O período de incubação varia de um a até 30 dias, sendo mais frequente ocorrer entre o quinto e o 14º dia.

- Os sintomas clássicos são a febre repentina, comumente acompanhada de dores de cabeça e nos músculos (inclusive na panturrilha ou batata da perna), icterícia (pele amarelada).

- Quem se expôs a alguma dessas situações de risco e apresenta sintomas parecidos deve procurar o serviço de saúde mais próximo o mais rápido possível.

- O tratamento é à base de medicamentos e acompanhamento diário para os casos leves. Nos casos graves, requer internamento hospitalar.

- Os óbitos estão associados a alterações respiratórias, insuficiência renal e hemorragias.
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