Segunda, 14 de Março de 2011

Festival Paradesporto de Boccia promove inclusão

A Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude realizou nesta sexta-feira (11) o primeira Festival Paradesporto de Boccia, na praça Plínio Tourinho. No total, 60 alunos com paralisia cerebral de quatro instituições que atendem pessoas com deficiência participaram do evento, que promoveu partidas de diversas modalidades adaptadas de boccia.

 “O esporte é uma poderosa ferramenta de integração e estimula o convívio, o desenvolvimento motor e o aumento da autoestima dos paratletas”, disse o secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Marcello Richa. “Este foi o primeiro festival de 2011, mas já programamos novas edições para este ano, no objetivo de expandir o número de escolas e alunos participantes e oferecer diferentes modalidades esportivas adaptadas”.

Considerado um dos esportes com maior poder de inclusão, devido as suas diferentes formas de adaptação, a boccia é jogada com dois conjuntos de seis bolas cada, um de cor vermelha e outro azul, além de uma bola branca (alvo). O objetivo do jogo é que o jogador ou sua equipe consiga colocar o maior número de bolas próximo do alvo.

Atletas com dificuldades motoras graves podem utilizar dispositivos auxiliares, como calhas e rampas, para realizarem o lançamento das bolas. “A boccia é um esporte que ajuda muito o desenvolvimento da pessoa com deficiência, pois exige concentração, coordenação, controle muscular, trabalho em equipe e estratégia”, disse a professora da Escola de Educação Especial Vivian Marçal, Milena Kudla.
 
Entre as principais propostas do Festival Paradesporto estão o incentivo a prática esportiva como forma de desenvolvimento pessoal e social para a pessoa com deficiência, criar oportunidades de identificação de novos talentos esportivos e divulgar o potencial e espaço da pessoa com deficiência na sociedade.

O paratleta Marlon Peixoto, de 23 anos, parabenizou a iniciativa da Prefeitura. “Estou me divertindo muito”, disse, por meio de comunicação alternativa formada por uma tabela com palavras e imagens. Além de poderem jogar e se divertir durante todo dia, os atletas também receberam medalhas pela participação no Festival.

A mãe de Marlon, Lucimara da Luz Peixoto, ressaltou a importância do esporte para a vida do filho. “Poder jogar e conhecer novas pessoas é muito estimulante para ele. Ele joga desde pequeno e é fácil perceber a alegria dele quando vai treinar ou participar de algum campeonato, por isso fico muito feliz em saber vão acontecer novas edições este ano”.

A segunda edição do Festival Paradesporto acontecerá no dia 22 de março, na praça Plínio Tourinho, com o Festival de Golfe 7, destinado para pessoas com transtorno global de desenvolvimento,  e de Goalboal, para deficientes visuais.

Além dos festivais, o Centro de Esporte e Lazer Plínio Tourinho também desenvolve semanalmente atividades esportivas adaptadas para pessoas com deficiência, como futebol de salão, boccia, basquete e golfe 7. As inscrições para participar das turmas são gratuitas e estão abertas o ano inteiro.