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Quinta, 27 de Maio de 2010

Na Linha Verde Sul, valorização, lazer, transporte e desenvolvimento

Novo marco dos sistemas viário e de transporte público de Curitiba, a Linha Verde Sul é a maior alteração urbanística realizada na cidade nos últimos 30 anos. Já são 9,4 quilômetros, ligando o Pinheirinho ao Jardim Botânico. O projeto completo, de 18km, prevê a ligação até o Atuba, permitindo em todo o seu trajeto o acesso a 20 bairros, que antes ficavam separados pela antiga BR 116, uma estrada federal por onde passavam diariamente centenas de caminhões. A licitação para o primeiro lote da Linha Verde Norte foi lançada dia 24 de maio. "A região norte também terá os benefícios da Linha Verde, que já são realidade nos bairros da região sul", diz o prefeito Luciano Ducci.

A versão atual da Linha Verde, diferentemente das quatro pistas anteriores, traz seis pistas de rolamento para carros, duas marginais, e canaletas exclusivas para o transporte coletivo no sexto corredor de transporte da cidade. "Mais do que permitir a integração entre vários pontos da cidade, a Linha Verde Sul proporcionou para a região um ganho expressivo em mobilidade de serviços e pessoas. Outro ponto que podemos destacar é o fato da região ainda contar com grandes áreas, que podem pela lei de zoneamento mesclar o uso habitacional e comercial num mesmo empreendimento, unindo moradia e trabalho num mesmo lugar", explica o arquiteto Reginaldo Reinert, do Instituo de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).

O entorno da Linha Verde Sul representa uma população de 260 mil pessoas, com mais de 20 mil empresas instaladas, gerando em torno de 30 mil empregos. Aliado a facilidade de transporte e deslocamento atual são vários os empreendimentos que buscam a região para se instalarem.

De acordo com levantamentos do IPPUC, até 2020 a região terá 20 mil novos moradores em 16.215 domicílios. O perfil dos novos moradores contempla casais jovens, na faixa dos 30 anos, com renda média R$ 2,1 mil. O bairro de maior crescimento deve ser o Xaxim.

Empreendimentos - A Linha Verde Sul aparece no cenário atual da cidade como indutor de crescimento imobiliário numa das últimas regiões a apresentar terrenos grandes, o que permite a construção de condomínios. Em 2009 a Secretaria Municipal de Urbanismo liberou 53 alvarás para a região entre condomínios residenciais, centros comerciais, comércio e serviço, além de habitações unifamiliares.

Um dos casos é da construtora MRV que está investindo na região com dois empreendimentos - um no Hauer e outro no Pinheirinho - que juntos representam 1.326 unidades habitacionais. Lançado no final do ano passado, o do Hauer teve todos os 236 apartamentos comercializados no prazo recorde de seis horas. "Já tínhamos um cadastro pré-aprovado de pessoas interessadas. Este foi o primeiro empreendimento da região dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, e a localização, a duas quadras da Linha Verde, com certeza foi essencial para a decisão de compra", explica Marcos Tavares, gerente de vendas da MRV em Curitiba. Todos os imóveis devem estar concluídos até o final de 2012.

No setor comercial a pioneira é a Top Imóveis, proprietária do Curitiba Park Office, localizado no Prado Velho. "O sistema viário foi um dos fatores essenciais para a instalação do nosso empreendimento na região, além da localização dentro do Tecnoparque. Como estamos trabalhando apenas com locação nossa visão é de longo prazo", explica Eduardo Schulman, diretor da empresa. O empreendimento prevê três torres de seis andares, sendo que a primeira já está pronta e a segunda deve ser iniciada ainda este ano.  A primeira empresa a se instalar no local é a indiana Wipro, uma das 10 maiores empresas do mundo na área de tecnologia da informação, e que escolheu Curitiba como sua sede latinoamericana.
 
Lazer e mobilidade - Um dos principais ganhos para a população está em mobilidade e lazer. As amigas Elisabete Domachowisk Monteiro, professora, e Solide da Silva, técnica em higiene dental, caminham diariamente na Linha Verde. "Costumava caminhar em praças próximas, mas era muito chato ficar andando em círculos. Na Linha Verde é muito melhor ", explica Elisabete. Para Solide, caminhar na avenida é muito tranqüilo. "A área de caminhada ficou muito boa, bem ajardinada. É muito bom".

Para o auxiliar de produção Jean Carlos Mendes Galvão os 10 quilômetros de ciclovia instaladas  no local significam uma hora a mais de sono. "Vou trabalhar todo o dia de bicicleta. Antes precisava desviar da BR e levava uma hora e meia para chegar ao trabalho. Agora faço o trajeto em meia hora pela ciclovia".
 
Quem usa os ônibus que trafegam pela canaleta exclusiva também elogia, inclusive quem vem de longe. Ana Lucia Bittencourt mora em Brasília, está na cidade visitando a filha e aprova o sistema. "São ônibus muito bons. Estou usando todos os dias para chegar mais rápido na igreja". Para Fernando Marinho, carregador, a implantação da linha representou a volta aos estudos. "Era difícil eu estudar, pois todo o dia chegava atrasado e acabei desistindo. Agora estou voltando.  Se antes levava uma hora e quarenta para ir do trabalho até a escola agora levo quarenta minutos".

A consultora de vendas Larissa Pereira utiliza uma das novas linhas criadas com o sistema. Moradora do Pinheirinho ela desce na estação Fanny onde pega o ônibus Linha Verde/Maracanã para ir até o Tarumã. "É muito rápido. Com certeza ganhei muito em qualidade de vida".

A Linha Verde é o sexto corredor de transporte de Curitiba, cuja construção teve início em 2007. Na primeira fase seu sistema viário foi entregue em dezembro de 2008 e o sistema de transporte público, em maio de 2009.

A Linha Verde foi implantada na antiga BR 116, que foi transformada em avenida e corredor de transporte. A avenida tem dez faixas de tráfego, incluindo canaletas de uso exclusivo do transporte. As pistas ao lado das canaletas são vias rápidas. As pistas ao lado das rápidas são as locais, para acesso ao comércio e aos bairros. Há duas faixas para estacionamento.

O corredor de transporte da Linha Verde permitiu a implantação de novas linhas de ônibus. A primeira delas foi a Pinheirinho-Centro, com uma redução de 17% no tempo de viagem. Esta linha tem os primeiros ônibus da América Latina a circular apenas com biocombustível, à base de soja que, por não ter mistura de óleo diesel, é definido pelos técnicos como B100. Anteriormente, Curitiba já havia testado misturas de 5% e 20% de combustível orgânico, os chamados B05 e B20, experiências que levaram ao projeto do B100.

Em 12 de janeiro último, Curitiba recebeu em Washington o prêmio Sustainable Transport Award 2010, pela implantação da Linha Verde. É a primeira vez que uma cidade brasileira recebe o prêmio do Institute for Transportation and Development Policy (ITDP).

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