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Terça, 27 de Abril de 2010

Biocidade gera desenvolvimento urbano com sustentabilidade

Desde 2007, a Prefeitura de Curitiba desenvolveo programa de Biodiversidade Urbana - Biocidade, um sistema de gestão que reúne os esforços das diferentes áreas da administração municipal para combater as perdas da biodiversidade no meio ambiente urbano, compatibilizando o desenvolvimento da cidade com a conservação da natureza.

Conheça melhor o Biocidade: www.biocidade.curitiba.pr.gov.br

O programa garantiu a Curitiba o prêmio Globe Award Sustainable City, de cidade mais sustentável do mundo. O prêmio será entregue na quinta-feira (29) em Estocolmo, Suécia. A premiação é organizada pelo Globe Forum. Curitiba concorreu com Sydney, na Austrália; Malmö, na Suécia; Murcia, na Espanha; Songpa, na Coreia do Sul; Stargard Szczecinski, na Polônia.  

O programa Biocidade é inovador porque tem uma visão integrada da ação ambiental, colocando o meio ambiente na agenda de todos os setores e todos os projetos da administração. Esse é o grande diferencial de Curitiba", afirma o prefeito Luciano Ducci.

Os objetivos principais do Biocidade são resgatar, manter e valorizar a flora nativa e pesquisar novas espécies de plantas regionais com potencial ornamental. "Nossa meta é produzir e reintroduzir essas espécies nas áreas de preservação, arborização de ruas, parques e praças, jardins e quintais", destaca o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto.

Pesquisa - No Jardim Botânico, a Prefeitura instalou dois novos instrumentos que contribuem para a recuperação da biodiversidade. Um deles é uma estufa para estudo do ciclo da vida, dos hábitos de crescimento, dos padrões de desenvolvimento e dos métodos de propagação das espécies da flora nativa de potencial ornamental, e também de espécies ameaçadas de extinção.

Simultaneamente, a Prefeitura montou um Jardim Demonstrativo, no Jardim Botânico, para estimular os visitantes a valorizarem as plantas ornamentais nativas. Com uma área de 600 metros quadrados, o jardim expõe aos visitantes 80 plantas ornamentais nativas. A maioria das espécies que estão no jardim é de Curitiba e região. Algumas plantas que estão no Jardim podem ser encontradas no mercado.

O Jardim Demonstrativo e a estufa não são os únicos elos entre o Biocidade e a população. Diferentes ações educativas foram feitas pela Prefeitura para aprofundar a percepção dos cidadãos sobre a importância das espécies nativas para o ecossistema urbano, levando a sociedade a valorizar o meio ambiente como patrimônio natural.

Parques Particulares - Outro mecanismo criado pela Prefeitura para promover a preservação e conservação de espécies da flora nativa são os incentivos fiscais como a Lei da Reserva Particular do Patrimônio Natural Municipal. Estas reservas pertencem ao Sistema de Unidades de Conservação e são equivalentes a um parque particular. Atualmente, a cidade conta com três RPPNMs, que somam 27.600 metros quadrados de floresta perpetuamente protegidas.

A flora nativa também é foco especial do Viva Barigui - Planejamento Estratégico de Revitalização da Bacia do Rio Barigui, que abrange a terça parte do território do município. Além de preservar e recuperar a integridade da bacia, ordenando a ocupação do solo e despoluindo as águas, esse Plano conservará a paisagem regional e as suas áreas verdes.

O Viva Barigui também está propiciando a criação de novas unidades de conservação e de lazer na bacia do rio, possibilitando a implantação da Via Parque, avenida que terá a função de consolidar o Parque Linear do Barigui e delimitar concretamente a área de preservação, impedindo ocupações irregulares ao longo dos 45 quilômetros que o rio percorre em Curitiba.

Além das três RPPNs, que estão localizadas na bacia do Barigui, a Prefeitura implantou o parque Cambuí e estuda a criação de novos parques e áreas de lazer que ajudem a preservar ou a recuperar as margens do rio.

O Biocidade também está presente nos programas de habitação popular da cidade, hoje voltados para realocação de famílias que vivem perto de rios e córregos. No Barigui, por exemplo, até 2011 serão transferidas 1.124 famílias, 750 ainda em 2009. As transferências já começaram com 43 famílias que saíram da Vila Nova Barigui para o Moradias Aquarela.

Com a saída das famílias, a Secretaria do Meio Ambiente recupera as margens dos rios com vegetação nativa e implanta equipamentos de lazer para evitar invasões. O mesmo está acontecendo em outras bacias hídricas da cidade.

Transporte - A Linha Verde, novo corredor de transporte da cidade, está diretamente conectada ao Biocidade. Seis, dos 14 ônibus da linha Pinheirinho-Carlos Gomes, estão rodando com biocombustível puro (B100). Medições técnicas mostraram um índice de opacidade (emissão de fumaça) 25% menor e redução de 19% de óxido de nitrogênio, e uma redução de 30% nas emissões de monóxido de carbono (CO).

Pouco a pouco, a população vê crescer um parque entre os bairros Pinheirinho e Parolin, no trecho inicial da Linha Verde. Cinco mil mudas de árvores de 22 espécies nativas, escolhidas entre tipos ornamentais e frutíferos, foram plantadas ao longo da Linha Verde. A maior concentração de árvores é ao lado das estações e plantio mais espaçado nos canteiros paralelos às pistas de circulação de ônibus e automóveis.

As cinco estações de embarque e desembarque da Linha Verde contam com um sistema de climatização que funciona com consumo mínimo de energia e produz um resfriamento no interior dos tubos, oferecendo mais conforto aos usuários do novo corredor de transporte da cidade. O "sistema evaporativo", como é conhecido o tipo de climatização tem baixo custo de instalação e manutenção e é considerado ambientalmente correto.

O funcionamento é acionado por um botão, no interior do tubo. O mecanismo de refrigeração do ar é alimentado por energia elétrica, mas consome apenas um décimo da energia necessária para o funcionamento de um aparelho de ar condicionado.
Outra vantagem em relação a estes aparelhos é que, usando a água para provocar o resfriamento do ar, não há danos ao meio ambiente. O ar condicionado convencional usa fluidos que agridem a camada de ozônio.

A preocupação ambiental em Curitiba é assim: vai do menor detalhe, como a climatização de uma estaca-tubo, até a implantação de grandes parques. Mas o que realmente faz a diferença é o engajamento do cidadão nessa causa", afirma o prefeito Luciano Ducci.

Curitiba estuda problemas e soluções das mudanças climáticas

Curitiba instalou no fim de 2009, o Fórum Municipal de Mudanças Climáticas. Composto por representantes da sociedade como universidades, organizações não governamentais e do setor produtivo, o novo Fórum discute estratégias de médio e longo prazo que adapte o planejamento urbano da cidade às mudanças provocadas pelo aquecimento global, respeitando o desenvolvimento local e a cultura da população.

Curitiba também fez o primeiro estudo no Brasil que mostra a importância das florestas urbanas no combate às mudanças do clima. O levantamento que envolveu a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS) demonstrou que as florestas públicas e particulares da cidade têm 1.16 bilhão de tonelada de carbono estocado em sua biomassa (galhos, troncos, folhas e raízes), o que representa 4,25 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO²) a menos no ar. O CO² é um dos principais gases do aquecimento global, e é retirado do ar pelas plantas, principalmente pelas árvores.

Para se ter uma ideia do benefício das florestas para Curitiba, 4,2 milhões de toneladas de CO² são a quantidade liberada por cerca de 1 milhão de veículos circulando durante um ano e meio nas ruas da cidade.

Além de conhecer a quantidade de poluição que é retirada do ar pelas áreas verdes, a cidade saberá, ainda em 2010, o quanto suas atividades socioeconômicas contribuem para o aquecimento global. A pesquisa que já começou está analisando desde as emissões de gases pelas frotas de veículos, indústrias, comércio, até as atividades agropecuárias. As principais emissões são por dióxido de carbono (CO²), metano (CH4), Ozônio (O3) e outros.
 

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