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Terça, 10 de Agosto de 2010

Pinturas das fachadas dão novo colorido à Rua Riachuelo

Não são só o novo piso, na cor vermelha, presente já em 70% das calçadas, e as novas luminárias, mais claras e modernas, que estão mudando a "cara" da rua Riachuelo, na área central. A transformação da rua, que já foi um dos mais importantes eixos da cidade e estava degradada nos últimos 20 anos, pode ser observada também em 15 imóveis que ostentam pintura novinha em folha e pela movimentação de pintores nas fachadas das edificações.

"A revitalização da Riachuelo é uma realidade, mesmo antes da obra concluída. A Prefeitura deu o pontapé inicial neste processo, com a reforma nas calçadas e, agora, a renovação está acontecendo de forma gradativa com a adesão dos comerciantes e moradores ao projeto", diz o prefeito Luciano Ducci.

"A Riachuelo estava esquecida. Ninguém mais queria passar por aqui e, agora, as pessoas estão voltando", comemora o comerciante Chaim Jaber, que é vice presidente da Associação dos Comerciantes e Moradores da Rua Riachuelo e um dos mais entusiasmados com o projeto. Ele foi um dos primeiros a aderir à proposta da Prefeitura para pintura das fachadas - ação que complementa a reforma e que tem o patrocínio da fabricante das Tintas Coral.

"As mudanças que estão sendo feitas na Riachuelo se refletem na autoestima dos moradores. Antes, a gente sentia constrangimento ao dar o endereço de casa. Agora, recuperamos nosso orgulho", conta a artesão Nilcema Ratim, síndica do Condomínio Rosa Ângela Perroni, um prédio com 15 pavimentos e 30 apartamentos localizado na esquina da Riachuelo com a São Francisco. O "Dona Rosinha", como é mais conhecido, estava com pintura velha e desgastada e agora está renovado, em tons de bege e marrom.

Reforma - O projeto de revitalização da Riachuelo tem duas frentes de ação. Uma delas é a reforma da rua, que inclui novas calçadas e iluminação, fresagem e recapeamento asfáltico, sinalização horizontal e vertical, renovação do mobiliário urbano (floreiras, telefones públicos e lixeiras). As obras se estendem por 820 metros, entre as praças Generoso Marques e 19 de Dezembro, com investimento de R$ 800,6 mil.

Até agora, o ponto mais visível do projeto é a construção das novas calçadas. Elas já foram construídas do lado esquerdo da rua e as obras estão chegando às últimas quadras do lado oposto, onde a extensão é maior, acompanhando o muro do Colégio Tiradentes e chegando até a frente do Passeio Público.

O material que está sendo utilizado nas calçadas (placas vermelhas de granito reconstituído em concreto vibro prensado de alta resistência) foi escolhido para se tornar uma marca registrada da rua. O piso é antiderrapante e nas esquinas há rampas de acesso para cadeirantes. O meio fio, que era de concreto, está sendo substituído por peças de granito.

Um dos diferenciais da rua é a iluminação, com 115 postes de carbono com 4 metros de altura e luminárias circulares com lâmpadas de multivapor metálico de 150W, que dão mais luminosidade à rua e, consequentemente, mais segurança para quem transita à noite pelo local.

Toda a fiação da rua foi enterrada e, por isso, a obra de construção das calçadas envolveu acordo com as concessionárias de serviços públicos (como energia elétrica e telefonia) para modernização das redes que passam pela rua antes do início das obras. As empresas se comprometeram a não fazer perfurações no local pelos próximos cinco anos.

Até agora, além das calçadas, em fase final de construção, as obras executadas incluem também a instalação das luminárias. O próximo passo é revitalizar o pavimento, implantar a nova sinalização e fazer a colocação dos equipamentos, como floreiras e lixeiras.

Depois que a obra da Riachuelo for concluída, a mesma reforma deverá ser feita na rua São Francisco, outro ponto da área central considerado crítico. A intervenção será semelhante e, com isso, a Prefeitura espera que o eixo da Riachuelo possa recuperar o seu antigo prestígio.

Outras ações podem reforçar esta valorização, segundo o arquiteto Mauro Magnabosco, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), que coordena o projeto de revitalização da Riachuelo.

Uma proposta que está sendo elaborada prevê a criação de um espaço cultural dedicado ao cinema no prédio onde funcionava o quartel do Exército, na esquina com a rua Carlos Cavalcanti.

Ali, numa área de 2 mil metros quadrados, serão instaladas duas salas de cinema (para suprir a lacuna deixada pelos cines Luz e Ritz, que eram administrados pela Fundação Cultural de Curitiba e fecharam suas portas há alguns anos), um café e uma escola de cinema mantida pelo município.

Novas fachadas - Mas, mesmo antes da concretização de todas as ações previstas, o visual e a dinâmica da Riachuelo estão mudando, garantem comerciantes e moradores. Chiam Jaber, que está instalado há 25 anos na rua, notou que o fluxo de pessoas aumentou.

"As pessoas fogem de problemas e, por isso, evitavam a Riachuelo. Agora, quem vai do centro ao Shopping Mueller e ao Centro Cívico está passando por aqui. Por enquanto, esta movimentação não se refletiu muito no comércio, mas com o tempo isso vai acontecer. Acho que o nosso Natal será bem gordo este ano", diz ele.

O comerciante Rômulo Dagostin Costa, proprietário do Mercado Vince, que fica na esquina com a praça Generoso Marques, também está otimista. Ele acha que o processo de recuperação da rua será gradativo. "O primeiro passo, mais importante, que foi a entrada da Prefeitura na área, já aconteceu.

Aos poucos, os comerciantes e moradores vão melhorando seus imóveis e isso traz as pessoas de volta para a rua", falou.

Jaber e Costa estão entre os primeiros a aderir à pintura de fachadas das edificações, outro componente importante do projeto de revitalização da Riachuelo. Trate- se de uma ação desenvolvida em parceria com a população local, que tem o patrocínio da empresa AkzoNobel, fabricantes das Tintas Coral. Ela fornece gratuitamente para os proprietários de imóveis material para a pintura de fachadas.

A previsão da empresa é liberar 2 mil litros de tinta acrílica para colorir as fachadas da Riachuelo. "Pelo valor histórico da Riachuelo no contexto da cidade, é um investimento que vale a pena e ajuda a divulgar a empresa", fala o coordenador de trade marketing da Coral, Antonio Nascimento.

Além da tinta, a fábrica fornece também o material para a preparação das paredes, o que reduz significativamente os custos da pintura para os proprietários, que assumem o pagamento da mão de obra. 

Para orientar a pintura, o Ippuc fez um estudo de cores e, considerando-se os diversos estilos arquitetônicos das edificações (algumas centenárias), elaborou sugestões para a renovação das fachadas. A adesão dos proprietários é voluntária.

Até agora, dos 58 imóveis existentes na Riachuelo, 43 integraram-se ao projeto e 15 já concluíram a pintura. Outros sete estão com obras em andamento. Com isso, o cinza das fachadas envelhecidas está dando lugar ao colorido e o visual da rua, com as calçadas vermelhas e as novas luminárias, já é outro.

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