Mutirão da Prefeitura acaba com fila de carteiras de trabalho na capital

Um mutirão realizado pela Prefeitura de Curitiba, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, conseguiu zerar o número de carteiras de trabalho que estavam represadas na Superintendência Regional do Paraná, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Curitiba. Desde que a greve dos servidores do MTE começou, no dia 6 de abril, 10 mil carteiras estavam pendentes na Superintendência Regional. No mês de março houve a entrada de 5.904 pedidos de novas carteiras nas Ruas da Cidadania e outras 5 mil já estavam na Superintendência, pois não havia efetivo suficiente para confeccionar os documentos.

Doze servidores da Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego fizeram um esforço concentrado durante sábados e em dias de semana na Superintendência para emitir as carteiras pendentes. "Isso é marco importante, porque conseguimos fornecer o documento básico para que a pessoa possa trabalhar", disse Paulo Bracarense, secretário municipal do Trabalho e Emprego.

Antes da greve dos servidores do MTE, o tempo médio para a entrega de carteiras de trabalho para as pessoas era de 15 dias. Com o mutirão feito pela Prefeitura esse prazo caiu para 7 dias úteis. Quem deu entrada no documento até o dia 23 de abril irá conseguir pegar nesta sexta-feira, dia 30.

"Entregando as carteiras antes do dia 1.º de maio também fazemos uma homenagem ao Dia do Trabalho e as pessoas podem participar da Feira do Trabalho", afirmou Bracarense. A 2.ª Feira do Emprego e da Capacitação Profissional de Curitiba irá acontecer nos dias 1.º e 2 de maio (sábado e domingo).

"Fizemos o mutirão para não prejudicar as pessoas que irão procurar um trabalho na feira do emprego e ainda não têm a carteira de trabalho", disse Mauro Ignácio, diretor do Trabalho da secretaria. De acordo com o superintendente regional do MTE, Alvyr Pereira de Lima Jr., mesmo sem a greve não haveria condições de emitir as carteiras de trabalho num curto espaço de dias sem a ajuda da Prefeitura.

"Independente da greve ou não, não teríamos condição de colocar essas carteiras em dia", disse o superintendente regional. Segundo Alvyr Pereira, todos os funcionários que trabalham no atendimento aderiram à greve no MTE do Paraná. "A intenção do mutirão não era furar ou atrapalhar a greve, mas sim ajudar o trabalhador a conseguir a carteira para participar da feira do emprego", disse Mauro Ignácio.

Ruas da Cidadania

Nas agências do trabalhador das Ruas da Cidadania as pessoas podem continuar fazendo os pedidos de carteira de trabalho, mesmo com a greve dos servidores do MTE. A emissão é feita na Superintendência Regional do Trabalho e a retirada do documento na própria Rua da Cidadania onde foi feito o pedido.

Em média são pedidas 6 mil carteiras de trabalho nas Ruas da Cidadania. A greve dos servidores do MTE não chegou a alterar o número de pedidos, pois muitas pessoas não sabem que podem pedir esse tipo de serviço nas Ruas da Cidadania. Esse é o caso da estudante Isadora Flessak, de 19 anos, que na quinta-feira (29) fez o pedido da carteira de trabalho da Rua da Cidadania da Matriz, na Praça Rui Barbosa.

"Na verdade eu não sabia que podia ser feito aqui. Fui tirar o extrato do PIS no banco e me informaram dessa possibilidade. Consegui um emprego e preciso da carteira. Aqui tem menos transtorno, menos fila para enfrentar", disse Isadora.

A estudante Renata Hoffmann, 15 anos, retirou a carteira de trabalho na Rua da Cidadania da Matriz. "Estou procurando estágio e pediram para fazer a carteira. Fui no Ministério do Trabalho e falaram que eu podia fazer nas Ruas da Cidadania, porque é mais tranquilo, mais rápido e sem filas", disse.

No mês de março foram pedidas 5.904 carteiras de trabalho nas ruas da cidadania. Na Matriz aconteceram 950 pedidos, 1.050 no Pinheirinho, 739 no Boqueirão, 730 no Fazendinha, 507 em Santa Felicidade, 771 no Boa Vista, 522 no Bairro Novo, 398 no Cajuru e 237 no CIC.