Quarta, 6 de Outubro de 2010
O prefeito Luciano Ducci foi o convidado especial da abertura da VI Semana Acadêmica do Curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), nesta segunda-feira à noite, no Auditório Gregor Mendel, na PUC.
Ex- aluno da PUC, onde cursou medicina, o prefeito foi convidado para falar sobre o sistema de saúde municipal e os resultados do programa Mãe Curitibana.
“É um momento especial retornar aqui na universidade onde estudei e tenho as melhores lembranças. Eu tive uma ótima formação aqui e espero que todos vocês também tenham“, disse Luciano Ducci aos estudantes.
A palestra começou com um histórico sobre a organização do sistema municipal de saúde, formada por 123 unidades de saúde, 106 clínicas odontológicas, hospital municipal, laboratório municipal e 10 CAPS.
O prefeito também falou sobre os resultados positivos alcançados com programas como o Mãe Curitibana, criado em 1999, na época em que era secretário de saúde municipal. “Quando criamos o programa, a mortalidade infantil era de 16,7 óbitos a cada mil nascidos vivos, hoje está em 8,9, menor taxa entre todas as capitais”, comparou.
O programa também contribuiu para a redução drástica da transmissão vertical do vírus HIV de mãe para o bebê. Como o diagnóstico de HIV e outras doenças (hepatite B, sífilis, toxoplasmose) é feito no início da gravidez, a gestante passa por tratamento completo com medicamentos fornecidos pelo município para evitar a transmissão do vírus para o bebê.
O exame na gestação foi pioneiro em Curitiba e permitiu a redução da transmissão vertical do HIV de 30% para 3% a cada mil crianças nascidas vivas.
O prefeito explicou ainda que o município acompanha os casos de mortalidade infantil diariamente e investiga as causas. “Antes, morriam 1500 crianças por ano, hoje 250, o que coloca Curitiba com índice de primeiro mundo”, disse Luciano Ducci. Até agora, 180 mil crianças já nasceram por meio do programa desde 1999.
O programa foi idealizado, segundo Luciano Ducci, para garantir tranquilidade à gestante na hora do parto, mas acabou tendo um alcance muito maior. No sexto mês de gravidez, a gestante visita a maternidade onde vai ganhar o bebê, conhece a equipe médica, a recepção, enfermaria, sala de parto, participa de palestra e recebe orientações.
Após o parto, quando deixa a maternidade, a gestante já tem agendada uma consulta na unidade de saúde para acompanhamento pós-parto dela e da saúde da criança.
O Mãe Curitibana também abrange o planejamento familiar, com tratamento de fertilidade, anticoncepcionais, preservativos, laqueadura e vasectomia.
“Temos muito orgulho de ter criado o programa, que é simples, mas que virou referência nacional sendo copiado inclusive em São Paulo, onde virou Mãe Paulistana e por Pernambuco, batizado de Mãe Coruja”, afirmou o prefeito.