Mães têm atendimento especial nas oficinas de gestante no Tatuquara

Mais de 300 futuras mamães da região do Tatuquara têm um atendimento especial na Unidade de Saúde Santa Rita. Elas participam das oficinas de gestantes, onde são preparadas para o parto, amamentação e cuidados com a saúde do bebê, inclusive a bucal, entre outras orientações.

As oficinas funcionam nas unidades municipais de saúde, como parte do programa Mãe Curitibana, de atenção à gestante e ao bebê, antes, durante e após o parto. Na unidade Santa Rita, no Tatuquara, acompanha atualmente 320 grávidas e mantém um dos mais frequentados grupos de gestantes da cidade.

No último encontro, mesmo com chuva e frio, 49 gestantes participaram da oficina na US Santa Rita, com uma novidades: trouxeram para o encontro parentes próximos e outras mulheres que já passaram pela experiência.

Foi o caso de Morgana Dohopiati, de 21 anos. Grávida pela primeira vez, ela terá Camile dentro de aproximadamente três meses. Empolgada com a experiência, fez questão de levar junto a mãe, Maria Pereira, e a sogra, Salete Dohopiati."É importante compartilhar as descobertas dessa fase especial", disse Maria, que é mãe de dois filhos. Já para Salete, a aceitação do convite valeu por dois. Além de Morgana, ela também é sogra de outra gestante do grupo: Claudiane Coelho Dohopiati, que espera Sara. "Emoção dupla para uma avó de primeira viagem", resume.

Quem recebe o acompanhamento da rede pública de saúde do pré-natal ao parto e acaba de ter bebê, também continua fazendo consultas e exames a partir da Unidade de Saúde e frequentando o grupo. "A gente sempre pode aprender mais", garante Valéria Nunes, de apenas 15 anos, e que participou do evento com o companheiro Anderson Vieira, de 21, e o pequeno Kauã, de apenas 33 dias. "É importante pra gente porque é importante pra ele (o filho)", disse Anderson, o único pai presente ao encontro.

Solidariedade - Anderson é um exemplo para os homens que serão ou já são pais. Além de ouvir atentamente as dicas do médico generalista Rafael Mendonça, da auxiliar de enfermagem Lizete Meira Silva e do dentista Antônio Luís Xavier nesse último encontro, ele acompanhou todo o pré-natal e literalmente segurou a mão de Valéria na sala de parto do Hospital do Trabalhador. "Ela apertava tanto que achei que fosse quebrar a minha mão", conta o pai de primeira viagem, encantado com a experiência da paternidade. "Não tem coisa mais gostosa", garante.

Adriane Godói da Silva, de 31 anos, que teve Henry Maurício há apenas 21 dias, compareceu à reunião levando o bebê o filho do meio, Luís Felipe, de 12 anos. Seu objetivo foi repassar para as gestantes a sua experiência com a amamentação. "Está sendo muito bom pra nós dois. As mães devem ficar tranquilas porque todas têm tudo para conseguir amamentar também", afirmou.

Sorriso em dia - Além das técnicas para facilitar o aleitamento, Regiane de Deus de Camargo, e 27 anos, e Kátia Otávia dos Santos Fernandes, de 22, estavam interessadas nos cuidados com a saúde bucal. Por meio da palestra do dentista Antônio Luís Xavier, elas ficaram sabendo que existem doenças capazes de determinar a ocorrência de partos prematuros e o nascimento de bebês de baixo peso. É o caso da gengivite gravídica, que pode e deve ser tratada sem prejuízo da saúde do bebê. "Ir ao dentista na gravidez é uma atitude em favor da saúde do bebê também", frisa.

Acolhida - Na opinião da autoridade sanitária local, enfermeira Daniele Neves, o interesse das gestantes reflete o senso de responsabilidade de cada uma com a gravidez e a aprovação do atendimento recebido no local. "É um sinal do compromisso que elas têm com a sua saúde e a dos bebês e também de que se sentem acolhidas e seguras porque a atenção pré-natal envolve não só o médico e a enfermeira mas toda a equipe da unidade", diz a autoridade sanitária Daniele Neves.

Os brindes entregues a cada uma durante o lanche que marca o final de cada encontro são um exemplo desse cuidado. Além das escovas de dentes que a equipe da Unidade de Saúde Santa Rita consegue junto ao fabricante Sanifil, fazem parte deles peças de enxoval e bebê feitas por funcionários da unidade e também por voluntárias de longe do bairro.

Há cerca de dois anos, itens como casaquinhos de lã e cueiros de tecido são confeccionados por 35 senhoras de um edifício residencial do Batel. Elas se reúnem todas as segundas-feiras para tomar chá e produzir as peças. Entre as participantes está Maria do Rosário Oliveira Costa, mãe da dentista Glauce Oliveira Costa e que tomou conhecimento da existência do grupo de gestantes por meio da filha. "É a forma que essas mulheres encontraram de, mesmo sem nunca terem estado aqui, dizer às nossas gestantes o quanto esse momento é especial para toda mulher", diz Glauce.