Quarta, 3 de Novembro de 2010

Dengue - Nova pesquisa de infestação começa no dia 3

A Secretaria Municipal da Saúde inicia na próxima quarta-feira (3) a quarta e última etapa do Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), mosquito que transmite o vírus da dengue. A pesquisa irá até o dia 13, quando cerca de 150 agentes da dengue identificados por crachá terão inspecionado 23.677 imóveis localizados em 3.050 quarteirões espalhados pela cidade.
 
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Viviane Polletto, o objetivo do levantamento é identificar a ocorrência de larvas do inseto nas áreas externa e interna de residências, edifícios e estabelecimentos comerciais e de serviços. Quintais, jardins, garagens, lavanderias e banheiros – onde a água pode se acumular e servir de criadouro para o mosquito – estarão na mira dos agentes da dengue, que trabalharão das 8h às 17h.

>> Orientações sobre a dengue em cemitérios

Segundo o Ministério da Saúde, que recebe os resultados dos levantamentos feitos em todo o país, o ideal é que o indicador seja inferior a 1%. Curitiba, que segue sem registrar casos locais da doença mas já registrou 62 focos em 2010, teve índice zero na última pesquisa. 
 
Alerta - Apesar disso, a possível proliferação do mosquito em território curitibano é preocupação das autoridades sanitárias locais. “Temos um trabalho de vigilância eficiente e uma excelente parceria com a população o ano todo, o que conta muito para não termos a doença. Mas é bom lembrar que somos vizinhos de cidades e estados com dificuldades para conter a proliferação do mosquito, que pode vir de lá na forma de larva ou inseto em pneus de carros, ônibus de viagem e caminhões, além de cargas rodoviárias”, pondera Viviane. Por se tratar de locais de risco, endereços como borracharias, ferrovelhos e depósitos de materiais de construção são vistoriados quinzenalmente.
 
Outra fonte de risco, explica a coordenadora, são os moradores da cidade que se contaminam durante viagens e retornam doentes – os chamados casos importados de dengue. Apesar dos constantes alertas da Secretaria Municipal da Saúde – inclusive nos períodos que antecedem as épocas de férias e feriados prolongados -  esse ano eles já somam 67 pessoas.

O número é dez vezes maior que o registrado em 2009. “Se essa pessoa doente for picada pelo Aedes aqui, ao retornar, vai contaminar o mosquito. Então, esse mosquito repassará o vírus para outras pessoas. Daí a necessidade de evitar a formação de focos e, se eles ocorrerem, serem destruídos o quanto antes, para não dar tempo do inseto se desenvolver”, explica.